Portalegre foi, este ano, a cidade escolhida pelo Presidente da República para celebrar o dia de Portugal. "Um 10 de Junho em Portalegre não acaba no dia 10 de Junho, tem de ser mais do que um rito de passagem, mais do que uma conveniência de ocasião, tem de ser um compromisso de futuro para com esta terra e para com esta gente”, disse o Presidente na ocasião.

Por outro lado,  João Miguel Tavares, o portalegrense que presidiu às comemorações, disse então que "partilhamos uma língua, um país com uma estabilidade de séculos, sem divisões, e é uma pena que por vezes pareçamos cansados de nós próprios. Tivemos História a mais; agora temos História a menos. Passámos da exaltação heróica e primária do nosso passado, no tempo do Estado Novo, para acabarmos com receio de usar a palavra “Descobrimentos”. E mais adiante: "Temos o hábito de levantar a cabeça à procura de grandes exemplos, e nem sempre os encontramos – mas muitas vezes os melhores exemplos estão ao nosso lado, e alguns deles começam em nós mesmos. Sobre cada um de nós recai a responsabilidade de construir um país do qual nos possamos orgulhar".

Os dois discursos foram, este ano, o mote para o que aqui estamos a fazer. Se Lisboa tem sido, pelas razões várias vezes explicadas, a primeira das nossas prioridades, não temos deixado de avançar, com maior ou menor rapidez, em todos os outros distritos portugueses. Este ano, o distrito de Portalegre foi o que mais evoluiu: o concelho de Portalegre, com as suas 16 freguesias, tem já todos os  casamentos indexados, o mesmo acontecendo com os concelhos de Castelo de Vide e Marvão.

E continuará em 2020 graças ao extraordinário empenho de um dos filhos da terra - Gustavo Boto - que vem colaborando activamente no projecto Nós, Portugueses.

24 dezembro 2019