Quando em 1911 foi decretada a criação do Registo Civil obrigatório, o mesmo decreto impunha a entrega, pela igreja católica, de todo o acervo de registos paroquiais acumulado ao longo de quase 5 séculos. Essa medida foi acatada e cumprida pela Igreja, com raríssimas excepções.
Depois disto, alguns livros que chegaram a ser entregues aos arquivos distritais e às conservatórias, levaram descaminho sem que se conheça, com excactidão, os motivos que poderiam explicar esta anomalia.
De tempos a tempos, vão surgindo informações sobre o paradeiro de alguns desses livros desaparecidos. Pela nossa parte, por exemplo, encontrámos num alfarrabista em Lisboa um livro paroquial do século XVI que uma colecta realizada entre os membros da direcção da AATT permitiu adquirir e oferecer ao Arquivo Distrital de Setúbal.
Por outro lado, graças ao empenho e generosidade de um sócio da Associação dos Amigos da Torre do Tombo que pretende manter-se fora das "luzes da ribalta", foram-nos facultadas fotocópias de diversos livros da freguesia de Malhada Sorda, concelho de Almeida, distrito da Guarda, que se encontram em mãos de particulares e que já começámos a indexar e disponibilizar em "Nós, Portugueses".
Foi por outro lado proposta pela Associação dos Amigos da Torre do Tombo ao Arquivo Nacional a digitalização destas fotocópias que, apesar de não terem evidentemente a qualidade dos originais, permitiria ainda assim facultar no "Digitarq" o acesso estes livros para os particularmente interessados nesta paróquia e aos investigadores em geral.
03 março 2019